Senador Lobão Filho é internado após acidente
O senador Edison Lobão Filho, 46, do PMDB-MA, filho do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, está internado desde as 21h30 desta quinta-feira (12) na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital UDI, em São Luís (MA), após se envolver em um acidente de carro na rodovia MA-202, na cidade de Paço do Lumiar, região metropolitana de São Luís.
Lobão Filho, ao volante de um BMW, colidiu de frente contra uma picape Mitsubishi L200, no momento em que se deslocava até o aeroporto para tratar de assunto relativo ao helicóptero do qual é dono e que está na base aérea. O senador sofreu fraturas nas pernas e nas costelas, mas não corre risco de morte. Nem a administração nem a assessoria de imprensa do hospital foram encontradas.
O senador teria sido socorrido por um empresário, que o encaminhou até o hospital em razão da demora na chegada do resgate. O plantão do Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança) de São Luís afirmou não ter informações sobre o acidente e indicou a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, mas ninguém foi encontrado.
Governo mira 2012 e dá prioridade a investimentos em cidades menores
O governo federal já se articula para alavancar o desempenho nas urnas dos candidatos petistas e aliados nas eleições municipais. A estratégia é priorizar investimentos em cidades pequenas com obras de saneamento básico e construção de casas para a população de baixa renda.
A partir de 15 de junho, os prefeitos de cidades com menos de 50 mil habitantes poderão apresentar propostas para pleitear recursos da segunda etapa do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Serão R$ 5 bilhões do PAC para obras de saneamento nos pequenos municípios e não há contrapartidas.
No caso da habitação, o Congresso ajustou o texto da Medida Provisória, que define as regras da segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida, e estabeleceu que 200 mil das 2 milhões de casas que serão contratadas até 2014 terão de ser construídas nas cidades com menos de 50 mil habitantes.
A Medida Provisória, convertida em lei, prevê ainda que é necessária uma infraestrutura mínima como ruas com asfalto nos empreendimentos do programa.
O empenho do governo e do Congresso, principalmente de parlamentares petistas, deve gerar dividendos em 2012.
Rio tem mais de 670 suspeitas de dengue por dia. Doença mata 66 no ano
A dengue matou 66 pessoas no Estado do Rio de Janeiro neste ano – foram 14 mortes só na semana passada. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, foram notificados 85.415 casos suspeitos de dengue no Estado, o que significa uma média de 677 por dia.
Atualmente, a secretaria informa que 18 municípios estão com epidemia no Estado: Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antônio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci.
A disseminação do tipo 1 do vírus da dengue entre a população jovem no Estado tem preocupado as autoridades de saúde, segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe.
O vírus tipo 1 não era detectado desde meados da década de 1980, mas reapareceu no ano passado. Com isso, jovens, crianças e adolescentes, que nasceram após esse período, não têm imunidade ao vírus, ficando mais suscetíveis à doença.
- As pessoas que nasceram no final da década de 80 não têm imunidade. É uma população muito grande suscetível ao vírus.
Segundo Chieppe, do total de casos investigados pela secretaria, apenas 4% tiveram complicações e 1% foi considerado grave.
Outra preocupação é com os municípios da Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, cidades onde a grande densidade populacional aumenta o risco de contaminação da dengue, que atinge seu pico nos meses de março e abril.
O Rio de Janeiro está entre os 16 Estados com alto risco de epidemia de dengue, segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde.
Conferência das Américas vê combate ao tráfico e integração como prioridades
Alfonso Fernández. Washington, 11 mai (EFE).- A ameaça do crime organizado e a necessidade de uma maior cooperação econômica continental centraram nesta quarta-feira os debates da Conferência das Américas, liderados pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Anfitriã da 41ª edição do fórum, Hillary destacou a "surpreendente mudança observada nos últimos anos" na América Latina e coincidiu com aqueles que consideram que esta pode ser "a década da região". No entanto, ela alertou sobre "os inaceitáveis níveis de criminalidade" registrados nos últimos anos que podem ameaçar "a oportunidade" que se apresenta à América Latina na presente década. Hillary assinalou, além disso, o giro dos Estados Unidos para a busca de "alianças flexíveis e multilaterais" e ressaltou o interesse dos EUA em uma região que qualificou de "vital" para sua recuperação econômica. "Estamos reconstruindo nossa economia e não temos melhores parceiros que nossos vizinhos", disse a chefe da diplomacia americana, ao reiterar seu compromisso de que o Congresso americano levaria adiante neste ano os acordos de livre-comércio com o Panamá e a Colômbia. O ex-candidato à Vice-Presidência americano John McCain e senador pelo Arizona insistiu nos problemas provocados pelos cartéis do narcotráfico, sobretudo no México, onde, em sua opinião, eles representam um "desafio existencial" para o Governo de Felipe Calderón. "Melhoramos a segurança, mas o nível de violência no México escalou a níveis que nenhum de nós poderia imaginar", assinalou McCain, que disse representar o estado por onde mais entra droga nos Estados Unidos. No entanto, o presidente mexicano, Felipe Calderón, que encerrou o fórum, indicou que os Estados Unidos "precisam de uma política de congruência" no que se refere à luta contra o narcotráfico. "É muito injusto que os camponeses mexicanos sejam presos por produzirem um quarto de hectare de maconha e aqui se produza em escala industrial", declarou Calderón. "Se não houver uma redução da demanda das drogas, é impossível reduzir a oferta", acrescentou. Ele ressaltou ainda que o mercado de drogas é internacional e, por isso, pediu colaboração global no combate. "É irrelevante o que pode fazer um país como o México se este tipo de medida não for tomada globalmente", afirmou Calderón, que pediu que o tráfico de armas ao México seja detido nos Estados Unidos. Nos últimos quatro anos, disse o líder mexicano, seu Governo tinha confiscado mais de 100 mil armas dos criminosos e "84% dessas armas são de assalto, são armas que foram vendidas nos Estados Unidos". "É urgente que os Estados Unidos tomem medidas para deter a venda de armas de assalto aos criminosos no México. Se vamos prevalecer no esforço, isso tem de se estabelecer como condição muito importante", assinalou Calderón. Já o presidente de El Salvador, Mauricio Funes, reconheceu que "a região centro-americana constitui o centro de operações dos cartéis do narcotráfico" que se "aproveitaram do terreno fértil que supõe a pobreza". Este tráfico de substâncias ilegais, lembrou, "movimenta mais dinheiro que o orçamento de nossos países, e é quase cinco vezes o Produto Interno Bruto (PIB) de El Salvador". Por isso, Funes fez um apelo à integração e coordenação das políticas contra o narcotráfico, inclusive entre México e Estados Unidos, já que, segundo ele, "não haverá sucesso a menos que se trabalhe conjuntamente". Funes destacou também a recente viagem do presidente Barack Obama, na qual visitou Brasil, Chile e El Salvador, como um marco nas relações regionais e enfatizou "a necessidade de um diálogo maduro e igual entre os países vizinhos". O presidente salvadorenho, que chegou ao poder dois anos atrás, destacou as mudanças "inexoráveis e progressivas" que a América Latina está vivendo. "A América Latina teve de crescer para que o irmão mais velho do norte (EUA) a levasse em consideração", afirmou Funes. EFE afs/sa